quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA

Ontem fui assistir a peça “Dois perdidos numa noite suja”.

E dois pode ser um...

Pode ser um artista da terra que nos enche de orgulho.

Pode ser um espetáculo.

Pode ser uma noite muito agradável.

Pode ser um trabalho formidável.

Mas dois, pode ser um reconhecido Plínio Marcos, o autor maldito.

Pode ser uma mesma sala Ceschiati, de antigas histórias e causos.

Pode ser eu e você. Pode ser todos nós.

"Dois"? Pode ter sido três, quatro, cinco, muitos. Mas foi Mauro, Vinicius, Leonardo, Marcelo...

Dois é mal morando na alma, cutucando a carne pra conquistar um pisante, aliás, um não, dois, o direito e o esquerdo. Pisante pra pisar em dois, três, que decidirem cruzar o caminho da gente ou pisante pra caminhar até a ultima estrada sem, pisar em nada... só deixando a vida passar.

Dois, não é matemática, mas ensina a subtrair o desanimo de não conseguir nada. Ensina a somar a vontade, a memória e a alegria de levemente se deixar ser o que você é. Não falo de dois espetáculos, falo de dois encontros, encontro do passado com o presente. Das lembranças com a total falta de certeza do futuro, e das duas almas leves que se deixaram relaxar, tomando um chopp e comendo uma pizza depois do espetáculo.

E "dois", então se tornou uma multidão inteira, mas volta pra casa dentro de mim.

Dois se abandonou em um, deixou a noite suja pra trás.... e começou a brilhar dentro de mim outra vez, porque estava perdida....mas me reencontrei outra vez.

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