segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Modéstia para quem precisa!

Conforme nosso famoso Dicionário Aurélio... “Modéstia: Ausência de vaidade; simplicidade, despretensão.” Ainda não descobri porque essa palavra soa tanta virtude para muitos. Por que falar de algo que não se é, quando verdadeiramente é? Em que ponto devemos abandonar o orgulho do que somos, nosso marketing pessoal, deixar de alimentar nosso ego, nossa auto-estima, para dar lugar a modéstia? Boa parte falaria em convencimento, presunção... Nos acusariam de gostar de atrair a atenção para nós, vaidosos que somos, gostamos de ser admirados... Há quem não goste? Na verdade, acho que há quem não pode! Não falo em se vangloriar, se gabar de algum dom, falo sobre assumir o que temos de bom. Por que boa parte das pessoas se constrange quando perguntadas sobre uma habilidade que possuem? A minoria delas responderia que é excelente naquilo que faz, mesmo que seja real. Talvez, não por não achar isso de si, mas porque a cultura é de que não é legal fazer isso. Temos que deixar que as pessoas façam por nós... Bobagem!
Porque temos que ser francos com as pessoas e não podemos ser francos com nossa própria essência? Medo de nos declararmos bons hoje e não sermos mais amanhã? Acontece! Ninguém é insuperável! Por melhor que você seja em alguma atividade, por mais peculiar que seja seu trabalho, por mais perfeito, sempre haverá gente disposta a lhe superar. Nada é eterno. A sociedade é dinâmica e os indivíduos extremamente competitivos. O fundamentalismo morreu! Por mais sábia que seja uma pessoa, sempre aparecerão outras mais sábias. Toda idéia, por mais brilhante que seja, recebe muitas críticas e um dia há de se tornar obsoleta.
Deixemos então de modéstia! Modéstia é para quem precisa dela. Pra quem tem medo, vergonha, fraqueza... É pra quem não tem certeza do que sabe, que não tem dimensão do dom que possui ou simplesmente não sabe “vender o peixe”!
E se não formos os melhores? Formos medianos? Não importa! Pois ainda sim temos nosso valor e muitos ainda nos tratarão com despeito e outros nos invejarão!
Amo as artes, odeio o mundo corporativo e a moda, sou indiferente ao futebol e tenho pavor de religião... Não sou a encarnação de Hendrix, mas minha guitarra é bem tocada! Não sirvo pra trabalhar em atendimento ao público de nenhum tipo ou classe, mesmo assim, me relaciono muito bem com as pessoas... Quando vejo muitos números e cálculos, meu estômago embrulha... Matemática, tô fora! Livros de auto-ajuda me irritam, são todos óbvios! Assumo que já fui mais criativo do que sou hoje... Tenho uma boa e diferenciada compreensão da sociedade na qual estou inserido. Fui autodidata em quase tudo que sei e sou um cara muito bacana pra se ter amizade... Falta de modéstia? Nada!!! Apenas sei das minhas qualidades e é delas que prefiro falar! Tenho muitos defeitos também, mas esses interessam somente a mim e a quem divide a mesma cama comigo. Para esta, quem quer que seja, nem preciso falar, meus defeitos estão expostos! Não os escondo e mesmo os tendo, consigo ser mais agradável que muita gente! Fazem parte de tudo que sou. Mas dentro do meu desvirtuamento, não está incluído a tal falta de modéstia, esta é charme. E se meu jeito incomoda, o problema é de quem está incomodado.
Ah! Ia me esquecendo de dizer, que também não ganhei nenhum prêmio por escrever nada, nem publiquei nenhum livro ou algo de peso que possa apresentar, mas um dia as pessoas lerão alguma obra minha, no mínimo interessante...

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